Judith Lauand nasce em Pontal, no Estado de São Paulo, em 1922. Filha de dois imigrantes libaneses, cresce em uma numerosa família junto com 11 irmãos. Desde pequena já mostra um grande talento artístico e recebe a oferta de uma bolsa para estudar na Europa. Entretanto, por causa da idade e pelo fato de ser mulher, seu pai, Miguel, não concorda.
Frequenta o curso de pintura Escola de Belas Artes de Araraquara, onde se forma em 1950, quando pinta diversos quadros figurativos e compõe tapeçarias manuais. Em 1952 muda-se para São Paulo e, em 1953, passa a frequentar o curso de gravura ministrado por Lívio Abramo na Escola Livre de Artes Plásticas do MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand).
Trabalha como monitora na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1954, quando entra em contato com as vanguardas artísticas, especialmente com a arte concreta, que a fascina de imediato. No ano seguinte, em 1955, é convidada a ingressar no Grupo Ruptura, sendo a única mulher, entre artistas como Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros, Luiz Sacilotto e outros.
Conhecida como a Dama do Concretismo Brasileiro, suas obras incorporam tanto o rigor das linhas e da precisão matemática, como a poesia concreta em obras da fase pop. Artista reconhecida nacional e internacionalmente, Judith Lauand tem uma longeva carreira artística de sete décadas, com diversas exposições no Brasil e no exterior. Em 2022, ano de seu centenário, tem a honra de ser homenageada com uma individual no MASP, o mais importante museu da América Latina